
Visitando Jim Morrison no Père-Lachaise em Paris
Pelo título, já ficou bem óbvio que a razão de eu ter ido até o cemitério Père-Lachaise foi visitar o túmulo de Jim Morrison, maravilhoso vocalista da maravilhosa banda The Doors. E não porque ele é o túmulo mais visitado e sim porque é o Jim Morrison e para quem é fã, isso é razão mais que suficiente, rs.
Bom, mas não é somente ele quem descansa por ali, o Père-Lachaise é a casa dos túmulos de músicos, escritores, poetas, artistas, escultores, pintores, filósofos, historiadores e outras pessoas que foram importantes para a história do mundo e das artes como Balzac, Oscar Wilde, Bergerac, La Fontaine, Delacroix, Camille Pissarro, Modigliani, Champollion, Édith Piaf, Chopin, Allan Kardec, Isadora Duncan, dentre tantos outros. Uma verdadeira infinidade de personalidades para diferentes tipos de seguidores.
Não à toa, o Père-Lachaise não é apenas o maior cemitério de Paris, mas também um dos mais famosos do mundo, recebendo todos os anos cerca de 3 milhões de visitantes que querem ver os túmulos de personalidades famosas e históricas.
E sobre toda essa diversidade intelectual e artística, para mim foi uma diversão interessante tentar adivinhar qual túmulos as pessoas iriam visitar. Facilmente consegue-se identificar aqueles que irão prestar suas homenagens para pessoas como Allan Kardec, Chopin, Oscar Wilde e, claro, Jim Morrison, por exemplo.
Foi por ordem de Napoleão Bonaparte, em 1804, que o Père-Lachaise foi construído. O objetivo era ter o primeiro cemitério laico e primeiro jardim público da cidade, no qual qualquer pessoa poderia entrar. O nome veio do jesuíta Père François de La Chaise, com quem Luís XIV, o Rei Sol, costumava se confessar. O túmulo do jesuíta também se encontra lá.
São mais de 70.000 tumbas distribuídas por 44 hectares divididas em 93 áreas, então é importante ir direto ao túmulo de interesse para que não aconteça do cemitério fechar e você não conseguir visitar o local de descanso da pessoa admirada.
Logo na entrada há um mapa com as direções para os túmulos mais visitados para ajudar ao visitante. Porém, no site do Père-Lachaise também há um mapa em versão pdf (clique aqui) com as principais entradas e linhas de ônibus para cada uma. Também há um mapa interativo que pode ser baixado no celular (clique aqui)
Eu fui no Père-Lachaise durante o inverno, então não tinham tantos visitantes. Talvez tenha sido isso, aliado ao enorme tamanho do cemitério, que tenha contribuído com a atmosfera de paz e silêncio. Foram nos momentos de contemplação meditativa que aproveitei para observar os visitantes e como o comportamento deles era totalmente relacionado com a personalidade visitada.
Jim Morrison está na Divisão 16. Confesso que fiquei triste com o descaso com o túmulo quando visitei. Há seringas, garrafas, cigarros, bilhetes e todo o tipo de “lembranças” por ali. Mas também fiquei emocionada por finalmente visitar o túmulo dele, trocar algumas ideias e cantarmos juntos Riders On The Storm 🙂
Dentre tantos túmulos que chamam a atenção, os que me convidaram mais a passar algum tempo contemplando foram o de Allan Kardec com todas as suas flores, o de Chopin com a musa chorosa lamentando sua morte (como não lamentar) e o de Oscar Wilde com todos os beijos em sua lápide (agora com vidros para conter os beijoqueiros mais afoitos).
A entrada no cemitério é gratuita. Não há visitas guiadas, mas há empresas que fazem com custos variáveis. O Père-Lachaise fica localizado no 20º arrondissement, a entrada principal é na rue du Repos 16, as linhas de ônibus que te levam até lá são 61-69 e as estações de metrô são Père-Lachaise ou Philippe Auguste. Para as outras entradas, vale a pena conferir as linhas de ônibus e metrô.
Os horários de abertura variam. Entre 16 de março e 5 de novembro, o cemitério abre das 8:00 as 18:00 (segunda a sábado) ou das 9:00 as 18:00 (domingos e feriados). De 6 de novembro a 15 de março, o cemitério fecha mais cedo, o horário é das 8:00 as 17:30 (segunda a sábado) e das 9:00 as 17:30 (domingos e feriados)
Para saber mais:

