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Navegando com os Vikings em Oslo

Continuando a falar sobre Oslo, barcos estão para a Noruega assim como vasos estão para a Grécia, ou seja, estão por todos os lugares. Sendo assim, ha vários museus em Oslo dedicados a barcos, navios e derivados…

O primeiro museu que eu fui foi o Vikingskiphuset. Para chegar lá é muito fácil, basta pegar o ferry que sai de Radhusbrygge. Esse ferry vai para a região Bygdoy, onde existem vários outros museus. Tanto o ferry quanto os museus estão inclusos no Oslo Pass. A travessia dura em torno de 10 minutos e faz duas paradas, uma em Dronningen, a mais próxima do Vikingskiphuset e Norsk Folkemuseum, e a outra em Bygdoynes, próximo aos museus Kon-tiki Museet e Frammuseet

A Noruega é frequentemente associada aos povos Vikings. Foi um rei viking, Harald, Cabelo Belo,que unificou a nação norueguesa em um só reino, em meados do século IX e século X. A era Viking foi um período importante para a formação da cultura norueguesa e mitologia nórdica, nessa época os noruegueses conquistaram a Groenlândia e a Islândia, fundaram cidades na Grã-Bretanha e Irlanda (entre elas a capital, Dublin) e navegaram até a costa canadense, sendo os primeiros europeus a pisarem na América.

O Vikingskiphuset possui 3 navios vikings do século 9 intactos. Os navios foram encontrados em 3 túmulos reais em Oseberg, Gokstad e Tune, no oeste da Noruega. O navio Oseberg foi construído cerca de 820 DC e era usado para navegação antes de ser usado como túmulo para uma mulher rica em 834 DC. O navio Gokstad foi construído ao redor de 890 DC e foi usado para o enterro de um poderoso chefe, morto cerca de 900 DC, mesma época em que o navio Tune foi construído. O museu também possui outros objetos encontrados nas tumbas reais como trenós, vestuário, utensílios de cozinha, dentre outros.

Para quem é apaixonado por história antiga, assim como eu, esse museu é espetacular. Afinal é o único com barcos vikings originais e com objetos e utensílios do cotidiano deles. Imperdível. Entrou para a lista dos meus museus preferidos.

Kon-tiki Museet mostra as aventuras de Thor Heyerdahl Kon-Tiki, que cruzou o Atlântico e o Pacífico em suas expedições. Em 1947, o barco Kon-Tiki saiu do Peru. Cento e um dias depois, após atravessar 8000 km do Pacífico, o barco foi levado até o recife Raroia, na Polinésia. Apenas mais cinco homens faziam parte do grupo liderado por Thor Heyerdahl. O barco Ra foi feito com papiro e dai seu nome em homenagem ao deus Sol do Egito.

É impressionante imaginar que essas pessoas cruzaram o oceano em uma embarcação tão simples. Isso leva realmente a refletir sobre a tecnologia versus a vontade humana. Mesmo sem ter toda a tecnologia que temos hoje, esses homens cruzaram os oceanos seguindo seus sonhos e suas paixões por conhecimento e aventura. Esse museu é bem interessante, além dos barcos, também tem exposição dos instrumentos utilizados, fotos do cotidiano da equipe em pleno oceano e anotações.

Bem próximo ao museu Kon-tiki está o Frammuséet que mostra a história dos exploradores polares. O edifício tem uma construção singular, pois tem sua forma triangular para abrigar o  navio mais famoso do mundo polar, o Fram, de 1892, pertencente a Fridtjof Nansen. Em 1893, Nansen liderou uma expedição que atingiu a latitude 86o 14´, a maior distância que qualquer europeu já havia conseguido. Em 1922, Nansen ganhou o Nobel da Paz. O navio é exibido em sua condição original, com interiores e objetos perfeitamente preservado.

Esse museu é bem bacana, dá para entrar no navio, visitando cada dependência do mesmo. É como voltar no tempo. No porão do navio ouve-se o barulho da casa de máquinas e do oceano, como se estivéssemos realmente navegando. Bem legal.

Cada um tem a embarcação que merece…

Perto do Kon-tiki e do Frammuseet tem outro museu marítimo, o Norsk Sjofartmuseum. Esse museu abriga várias pinturas marítimas de artistas noruegueses, barcos de madeira, artefatos antigos usados na construção de navios e utensílios existentes em embarcações antigas. O museu também tem uma exposição de objetos encontrados no fundo do mar e outras curiosidades marítimas. Esse foi o último museu que visitei na região do Bygdoy. Entrei perto do horário de fechamento, mas mesmo assim deu para ver tudo, embora a moça da entrada tenha ficado reclamando sobre o horário.

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