Hospedagem e transporte em Berlim
Conforme escrevi no post anterior sobre Berlim, a primeira vez que visitei a cidade, cheguei direto de São Paulo no aeroporto Tegel. A segunda vez, cheguei na estação de trem Hauptbahnhof , a principal estação de Berlin, vindo de Copenhague.
O trem que sai de Copenhague vai até Gedse, no litoral da Dinamarca. Em Gedse o trem embarca em um ferryboat para fazer a travessia pelo mar Báltico. Durante a travessia, é necessário sair do trem. Os funcionários passam pelos vagões fazendo com que todos saiam do trem.
Enquanto estiver no ferry, a melhor opção para fazer o tempo passar é subir até os barzinhos e restaurantes. Lá, pode-se comer e beber alguma coisa, e o melhor, pagando em euros, sem a necessidade de trocar de moeda. Isso pode se tornar realmente chato após algum tempo nos países onde o euro não é a moeda oficial.
Enquanto toma uma boa cerveja alemã, dá para apreciar a bela visão do mar Báltico.
Já em território alemão, é necessário fazer a troca de trem em Hamburgo. O tempo entre a chegada e a saída de Hamburgo vai variar de acordo com o horário de saída de Copenhague, mas em geral não é demorado, o máximo de espera é de cerca de 1 hora.
No site da Eurail tem o Timetable, com os horários dos trens an Europa. Embora esse mesmo Timetable seja entregue para quem comprar o passe de trem, é sempre bom dar uma olhada antes quando estiver planejando a viagem.
Hospedagem
Em Berlin, fiquei hospedada, em ambas as ocasiões, no The Circus Hostel.
Recomendo esse hostel pois ele é bem agradável, com quartos e banheiros bons e boa segurança.
Também é bem localizado e fácil de achar. Fica na Berlin Oriental, o que facilita bastante para quem quer conhecer os monumentos históricos dessa área. Embore se fale muito do lado ocidental por ser mais moderno, eu ainda prefiro o lado oriental. Para mim é mais bonito, com uma história muito forte.
Do albergue dá para conhecer tranquilamente Berliner Dom, Museumsinsel, Under der Liden e outros lugares muito interessantes do lado oriental apenas caminhando.
O café da manhã pode ser comprado no restaurante do albergue, com opções contendo chá (servido em um copo enorme), croissant e muita nutella. Aliás a nutella é à vontade, fica em um pote de vidro no balcão de atendimento, o que faz a alegria dos chocólatras, e eu me incluo aqui.
Hackescher Markt
Quando cheguei pela primeira vez em Berlim, deixei minha bagagem no albergue e sai andando pela cidade, mesmo sem ter um mapa decente. Até então, o mapa que eu tinha era pequeno, incompleto, referente a apenas uma parte de Berlim, o que mais tarde dificultaria bastante minha procura pelo Muro de Berlim (assunto para o próximo post).
Fui andando pela Rosenthaler Straße até chegar na Hackescher Markt, uma estação de trem no bairro Mitte. A estação está localizada na linha Stadtbahn Berlim, que atravessa o centro da cidade, de leste a oeste.
A estação foi aberta em 1902 e foi originalmente chamada Bahnhof Börse, devido à sua proximidade com o prédio da bolsa de valores, e depois, Marx-Engels-Platz durante a época da República Democrática da Alemanha. Em 1992, a estação recebeu o nome de Hackescher Markt, o mesmo da praça que há em frente.
Foi a primeira estação de trem construída em Berlin e a única, além de Bellevue, que manteve o desenho original, feito por Johannes Vollmer, com mosaicos decorativos e janelas arredondadas, típicos do início do século 20.
A região da Hackscher Markt , assim como o Hakesche Hoefe, é muito movimentada à noite. As salas da estação foram convertidas em restaurantes da moda, bares e lojas.
Eu passei várias vezes por esta estação, pois ela fica bem no caminho que leva à Berliner Dom, Museus, Under der Linden e, consequentemente ao Brandeburger Tor.
A Hackscher Markt também é o principal terminal para os bondes que percorrem o lado oriental. Nessa estação é possível pegar o trem que vai até a outra estação de trem de Berlim, a Ostbahnhof, que conecta a cidade com Paris, Frankfurt, Munique, Zurique e Varsóvia.
O Stadtbahn realiza serviços locais de S-Bahn assim como serviços de longa distância, que não param na estação. Para quem estiver hospedado em uma região mais afastada desse centro, fica mais fácil se locomover utilizando algumas das linhas S-Bahn que passam por lá (linhas S5, S7 e S75).
Se locomover em Berlin é fácil. O símbolo verde S, visto em frente à Hackescher Markt, designa estações de trem, S-Bahn. O nome é uma feliz abreviação de “Stadtschnellbahn” (sistema ferroviário urbano rápido), enquanto U é o símbolo para as estações do metrô: U-Bahn, abreviação de Untergrund-Bahn (sistema subterrâneo). Que bom que existem as abreviações.
O metrô é simples e prático. São ao total 173 estações espalhadas por nove linhas. Os trens passam com estrema exatidão a cada dois a cinco minutos durante o horário de pico, a cada cinco minutos para o resto do dia e a cada dez minutos durante a noite e aos domingos.
Após a divisão da cidade no final da Segunda Guerra Mundial, várias restrições foram impostas para os moradores do lado oriental, sendo que as linhas do metrô que iam para o lado ocidental foram cortadas. Duas linhas ainda permaneceram vindas da Berlim Ocidental, porém não havia parada no lado leste e as estações permaneciam fechadas. Após a reunificação alemã, o sistema voltou a ser totalmente aberto.
Ambos sistemas de trens e metrôs são operados e mantidos pela empresa BVG. No site S-Bahn há um guia contendo as principais atrações de Berlim e as linhas de metrô, trem e ônibus que as conectam. A empresa também oferece passeios de barco ou ônibus que passam nos pontos turísticos de Berlim. A duração e o valor variam conforme a opção escolhida. Em geral os passeios de barco custam entre 8,50 e 17,00 euros, enquanto que o tour de ônibus custa 20,00 euros.
Os bilhetes para o trem ou metrô podem ser comprados nas máquinas existentes na estação. O ticket de ônibus/metro custa 1,20 e 2,20 euros, respectivamente (valores de 2008). O de ônibus vale por 2 horas e é emitido pelo motorista. O bilhete do trem é de acordo com o percurso que se vai fazer, o que poder tornar a escolha do ticket certo um pouco confusa.
3 Comentários
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